- "Onde, exatamente, devo posicionar o meu assunto na tela?"
Vale
recordar que a geometria aparece com grande freqüência no mundo das artes,
assim como podemos observá-la na própria natureza, ou seja, idéias matemáticas
estão por trás de belas pinturas, esculturas tapetes, mosaicos, etc. Pois bem, se quiséssemos dividir um
segmento AB em duas partes, teríamos uma infinidade de maneiras de o
fazer. Existe uma, no entanto, que parece ser mais agradável à vista, como se
traduzisse uma operação harmoniosa para os nossos sentidos. Relativamente a
esta divisão, o matemático alemão Zeizing formulou, em 1855, o seguinte princípio,
que Vitrúvio, o arquiteto da antiguidade já sabiamente empregara:
"Para que um todo dividido em duas partes desiguais pareça belo do
ponto de vista da forma, deve apresentar entre a parte menor e a maior a mesma relação
que entre esta e o todo."
Sempre que desenharmos um retângulo cujo lado maior (AB) dividido pelo menor nos der como resultado o número 1,618, teremos um retângulo de ouro, um ideal de plasticidade.
O Retângulo de Ouro, construído a partir do Número de Ouro, é considerado a mais estética das formas retangulares e é utilizado pelo homem desde a antiguidade. No Egito, as pirâmides de Gizé foram construídas tendo em conta a razão áurea : A razão entre a altura de um face e metade do lado da base da grande pirâmide é igual ao número de ouro. O Papiro de Rhind (Egípcio) refere-se a uma «razão sagrada» que se crê ser o número de ouro. Esta razão ou secção áurea surge em muitas estátuas da antiguidade.
Uma contribuição que não pode ser deixada de referir foi a contribuição
de Leonardo Da Vinci (1452-1519) . A excelência dos seus desenhos revela os
seus conhecimentos matemáticos bem como a utilização da razão áurea como
garante de uma perfeição, beleza e harmonia únicas.
Na prática, aplicando esta divisão em nossas telas, teremos áreas de forte apelo visual que devemos explorar com o foco de interesse do nosso tema.
Para observar melhor, procure esta relação perfeita:
- na natureza: em animais (como na
concha do Nautilus) flores, frutos, na disposição dos ramos de certas árvores;
- em figuras geométricas, tais como o retângulo de ouro, hexágono e decágono
regulares e poliedros regulares;
- em inúmeros monumentos, desde a Pirâmide de Quéops até diversas catedrais, na escultura, pintura e até na música.
- em inúmeros monumentos, desde a Pirâmide de Quéops até diversas catedrais, na escultura, pintura e até na música.
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