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terça-feira, 20 de março de 2018

Onde coloco a minha maçã?


Uma dúvida que incomoda todos os iniciantes em arte e até mesmo os mais experientes é:

- "Onde, exatamente, devo posicionar o meu assunto na tela?"

Vale recordar que a geometria aparece com grande freqüência no mundo das artes, assim como podemos observá-la na própria natureza, ou seja, idéias matemáticas estão por trás de belas pinturas, esculturas tapetes, mosaicos, etc. Pois bem, se quiséssemos dividir um segmento AB em duas partes, teríamos uma infinidade de maneiras de o fazer. Existe uma, no entanto, que parece ser mais agradável à vista, como se traduzisse uma operação harmoniosa para os nossos sentidos. Relativamente a esta divisão, o matemático alemão Zeizing formulou, em 1855, o seguinte princípio, que Vitrúvio, o arquiteto da antiguidade já sabiamente empregara:

"Para que um todo dividido em duas partes desiguais pareça belo do ponto de vista da forma, deve apresentar entre a parte menor e a maior a mesma relação que entre esta e o todo."




Sempre que desenharmos um retângulo cujo lado maior (AB) dividido pelo menor nos der como resultado o número 1,618, teremos um retângulo de ouro, um ideal de plasticidade





O Retângulo de Ouro, construído a partir do Número de Ouro, é considerado a mais estética das formas retangulares e é utilizado pelo homem desde a antiguidade. No Egito, as pirâmides de Gizé foram construídas tendo em conta a razão áurea : A razão entre a altura de um face e metade do lado da base da grande pirâmide é igual ao número de ouro. O Papiro de Rhind (Egípcio) refere-se a uma «razão sagrada» que se crê ser o número de ouro. Esta razão ou secção áurea surge em muitas estátuas da antiguidade.

Uma contribuição que não pode ser deixada de referir foi a contribuição de Leonardo Da Vinci (1452-1519) . A excelência dos seus desenhos revela os seus conhecimentos matemáticos bem como a utilização da razão áurea como garante de uma perfeição, beleza e harmonia únicas.

Na prática, aplicando esta divisão em nossas telas, teremos áreas de forte apelo visual que devemos explorar com o foco de interesse do nosso tema.


 Para observar melhor, procure esta relação perfeita:

-  na natureza: em animais (como na concha do Nautilus) flores, frutos, na disposição dos ramos de certas árvores; - em figuras geométricas, tais como o retângulo de ouro, hexágono e decágono regulares e poliedros regulares;

-  em inúmeros monumentos, desde a Pirâmide de Quéops até diversas catedrais, na escultura, pintura e até na música.

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