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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Um bom sentimento compartilhado.

O ensino a distância já está entre nós há algum tempo, podemos dizer que iniciou no século XV, quando Johannes Guttenberg inventou a imprensa, com a composição de palavras com caracteres móveis.


Ora defendido, ora acusado, ora aborrecido, pouco incentivo recebeu o ensino por correspondência por parte das autoridades educacionais, mas sempre esteve presente, firme. E agora, vejam só, com o advento da Internet, virou solução para a educação!

Para suprir a menor disponibilidade ao vivo do professor, é importante ter materiais mais elaborados, mais auto-explicativos, com mais desdobramentos (links, textos de apoio, glossário, atividades...).


Aqui em nosso atelier virtual, a aprendizagem está ligada, no mais verdadeiro sentido, à ampliação dos elementos de linguagem com os quais o indivíduo irá relacionar o seu eu com os eventos do mundo. O ensino da arte em todos os grupos, independente da classe social ou da faixa etária é de suma importância no processo de construção do conhecimento, possibilitando o desenvolvimento integral do ser humano. Para Henri Lefebvre, a arte é social não apenas pelo sentimento compartilhado, mas também pela solicitação. Ao buscar a arte, mais do que a aprendizagem de uma técnica, o indivíduo busca uma aliada na expressão da sua sensibilidade perante o mundo. 


Aprender é um sistema de etapas, um mergulho profundo nos significados. Aprendemos através de um contato real com a experiência proposta.
Escolha um curso no menu ao lado ou escreva pra gente contando o que gostaria de aprender.
Estamos aqui para ouvir, apoiar e incentivar.

Skype: fatimaseehagen
@FatimaSeehagen

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Abstração

Mergulhe sem moderação!


Neste CURSO ONLINE, exploraremos uma variedade de técnicas com ênfase em encontrar o que funciona para você como artista. Também compartilharei com vocês alguns dos meus pintores abstratos favoritos e @ ajudarei a entender alguns dos conceitos por trás da pintura não representacional. Vou incentivá-l@ a tentar coisas novas como uma maneira de experimentar avanços e incentivá-l@ a trabalhar rapidamente. Ao final, você encontrará maneiras de desenvolver sua própria técnica de aplicar tinta
e compor o espaço visual.
Detalhes no menu de cursos ao lado.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

"Que é arte, que é beleza, que é finalidade?"

Fátima Seehagen - bico de pena

Rosário Fusco em 1952 já levava o artista a pensar quando ao mesmo tempo em que afirmava que "A beleza é a finalidade da arte", perguntava: "Que é arte, que é beleza, que é finalidade?Chega-se aí, ao meu ver, à finalidade tanto da beleza, quanto da estética e finalmente da arte.

Fátima Seehagen - aquarela

A ideia geral de beleza estética, entendida socraticamente como produto do espírito, está ligada ao bem, e sendo assim, em si e por si, é absoluta e eterna. Entretanto, o conceito histórico de estética é limitado na medida em que se agrega a uma beleza pré-determinada, pois o elemento particular de cada beleza advirá de conceitos particulares e aí teremos uma beleza sempre singular, mas com uma  finalidade múltipla.


A estética é um fenômeno de relação entre o artista e a sua obra, entre o homem e suas formações, livre de conceitualizações, pois ambos se movem, no tempo e no espaço. 


A ética, considerada aqui como estética da existência, terá todos os seus conceitos ligados definitivamente à arte e podemos mesmo dizer que será também variável de acordo com os padrões morais e de beleza de cada um. A arte por sua vez, não encontrará a sua principal razão de ser nem nas sensações que provoca nem no seu conceito. Por isto, antes de mais nada, não poderá aceitar uma estética pré determinada, perfeitamente orgânica e lógica, e por isto mesmo, para o artista, asfixiante e enceguecedora.

A criança, assim como o esquizofrênico e o artista, ao contemplarem algo novo, sentem uma renovada e desconhecida emoção. De maneira construtiva, de dentro para fora, movidos alguma vezes por impulsos, se colocam a expressar o belo, na sua maneira de ver, com uma estética totalmente particular, desenvolvendo assim o seu ponto de vista ético e social. Toda a questão estará então em não confundir a essência absoluta da arte com as suas formas que são aí particulares, relativas e transitórias: para cada sensibilidade um espaço e um tempo; em cada espaço uma sensibilidade por um tempo e a cada tempo uma sensibilidade expressa em cada espaço.

A aplicação então, da arte como recuperação do potencial ético de uma sociedade, quando esta mesma arte se presta a expressar a realidade de grupos distintos, será tanto mais louvável quanto maior for o envolvimento dos orientadores em esclarecer o processo criativo e aproveitá-lo em suas funções organizacionais de uma sociedade.

-   Criar um espaço, intimamente ligado com o seu tempo, sem dissimular realidades, mas ocupando-se delas e transformando, através da expressão do ser, o próprio ser humano. Ocupando-se dos novos conceitos gerados aí para que, no fortalecimento da estética vigente, possa-se fortalecer uma ética universal, longe de uma cultura caótica que esquece o artesanato empobrecendo o fazer artístico universal.

Como Mário de Andrade, tantas vezes citado, “eu não sei o que é belo e nem o que é arte” mas, certamente sei que é belo acreditar que através da arte podemos construir uma sociedade melhor, tanto ética como esteticamente falando.

Fátima Seehagen - aquarela

segunda-feira, 20 de março de 2017

Quero vender meu trabalho - 'Tenho que fazer uma exposição?'

Uma obra só está concluída no momento em que o público visita o espaço de exposição. 
Uma exposição é a exibição pública de objetos organizados e dispostos com o objetivo de comunicar um conceito ou uma interpretação da realidade. Pode ser de caráter permanente ou temporário, fixa ou itinerante. Considerando que um mercado depende de um produtor, um produto a ser trocado ou vendido e um consumidor interessado em adquirir ou usufruir tal produto, podemos concluir que o mercado de arte é tão remoto quanto a própria arte.

Se você está decidido a levar adiante a sua carreira, você pode maximizar suas chances de ser visto e respeitado adotando uma postura profissional e preparando o melhor pacote de divulgação que você puder.

Participar de uma exposição profissional possibilita ao artista uma das melhores maneiras de estar cara a cara com muitos observadores, admiradores e críticos, num curto período de tempo. As exposições não apenas lhe dão a oportunidade de mostrar seu trabalho e descrever sua técnica, como também criam o ambiente ideal para a análise/admiração da obra.


Se você deseja que suas atividades em uma exposição profissional tenham sucesso, precisa estabelecer alvos específicos e mensuráveis. Por exemplo:


1.   Por que estou expondo?
- Está colocando sua arte no mercado?
- Está gerando contatos adequados para vendas?

2.   Qual é sua clientela alvo?
- Investidores?
- Jornalistas especializados em arte?


3.     O que quer lucrar com a exposição?

Em termos gerais, a estrutura liberal domina o mercado artístico até nossos dias: o artista agora é um profissional livre portador de uma mercadoria e precisa, como todos os outros profissionais liberais, do mercado para sobreviver. No entanto, no decorrer dos anos, tal estrutura foi incrementada com uma série de novas instâncias que fazem o papel de mediadores e orientadores do comprador. Atualmente galerias, revistas especializadas, a crítica de arte, os curadores e os museus, são alguns dos importantes elementos intermediários entre o artista e seu público consumidor. Como tal, o mercado de arte está ligado à situação econômica geral, o que em alguns momentos gera uma extrema vulnerabilidade material para os artistas. Apesar disso, ele se configura como uma das instâncias fundamentais para o sistema moderno de circulação de arte.

O artista, desde o início da divulgação da sua obra, deve primar nos cuidados com a mesma, no sentido de valorizá-la. As GALERIAS são os espaços preferenciais para exposições de arte - um espaço dedicado exclusivamente para arte nas suas mais variadas expressões, linguagens e técnicas.

Para o artista iniciante, ter um marchand é uma boa alternativa. Estes geralmente estudaram artes, e, obrigatoriamente, devem ter um bom conhecimento sobre a disciplina, cultura e mercado. 

A função de um marchand é vender os quadros de outros artistas. Eles sabem exatamente onde cada tipo de obra terá sucesso.


 A conquista de um espaço para expor as obras, a obtenção de patrocínio e de destaque na mídia são os principais fatores que dificultam a divulgação da obra de um artista em início de produção. No entanto, para um artista ser reconhecido ele precisa mostrar seu trabalho num espaço que o legitime, e também da cobertura da mídia. Depois, sua obra não terá limites.

 leilões de arte

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Qual o limite da Arte? (II)

Claude Monet
Ainda tentando desvendar os limites da arte.

- Você sabia que foi a  partir do Impressionismo (1874) que começaram a ser observadas tendências cada vez mais acentuadas ao abstracionismo? Apesar do seu realismo visual, baseado exclusivamente na sensação ótica, o Impressionismo não deixa de possuir certo conteúdo de abstração, porque ignora ou se abstrai de outros elementos da realidade, para deter-se apenas nos aspectos luminosos. 

Van Gogh, embora figurativo,  deformava as imagens da realidade para exprimir afinal verdadeiras abstrações, isto é, os seus estados íntimos, as suas relações afetivas diante da realidade. 



van Gogh

Por outro lado, a própria concepção da pintura de Cézanne, nos seus fundamentos, também é abstrata. Reparem que na preocupação de simplificar as formas, reduzindo-as aos seus elementos geométricos básicos, Cézanne não estava traduzindo sensações óticas diretas, mas conceitos intelectuais das formas da natureza. Praticamente se abstraía da sensação ótica realista. Por sua vez, o Cubismo não é um realismo visual, mas um realismo intelectual. O pintor expressa um conhecimento da realidade aprendido não pelos sentidos, mas pela inteligência. Como os cubistas, também os futuristas podem ser considerados abstratos de segundo grau ou simplesmente abstratizantes.



 Através dos próprios fatos artísticos, o caminho do abstracionismo veio sendo assim preparado desde o Impressionismo. Vários artistas na Europa faziam pesquisas no plano da abstração, isto é, no plano da criação de formas e cores, sem relação com as imagens das realidades exteriores. Os historiadores e críticos concordam, porém, em atribuir a primazia dos resultados nas pesquisas abstracionistas ao pintor Vassily Kandinsky. Seria o abstrato o limite? Como, se a abstração não tem limites!

Vassily Kandinsky

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Artista, professor ou webdesigner?

Ao optar pelo e-Learning no ensino das artes me vi envolvida por três aspectos completamente conflitantes:

- até que ponto um artista, cuja legitimação da sua atuação se deu através da participação em exposições coletivas ou outras atividades afins, poderia se colocar como um professor, sem a necessária formação para educação?


- até que ponto um professor graduado, porém sem a prática imprescindível ao fazer artístico, poderia se colocar como orientador de arte?

 - e mais, como estes dois profissionais poderiam atuar dentro de um processo de e-Learning onde são envolvidos conhecimentos de webdesigners necessários para se formatar um curso na web?

Inicialmente é preciso entender que não basta oferecer informação na rede para se fomentar uma aprendizagem real. Ao contrário do ensino tradicional, o ensino na rede é centrado no aluno e,  tratando-se de arte, encontraremos aí dificuldades curiosas, não ao despertar a atenção do indivíduo para a sua maneira pessoal de pensar o mundo, mas na artesania em si, por exemplo, como ensiná-lo a pegar um pincel?


Apesar da grande quantidade de softwares lançados no mercado para facilitar a adequação de professores a esta nova realidade, constatei que, para algumas pessoas, o ensino a distância (EaD) apresenta a desvantagem da ausência do contato visual e auditivo entre professor e estudante. Isso implica na necessidade de se expressar e intercambiar idéias por escrito, mas neste caso apenas um FAQ.(Frequently Asked Questions) não seria o suficiente. É imprescindível não apenas conhecer a teoria da arte, mas estar apto a socorrer o aluno em suas dificuldades, a qualquer momento, com clareza de informações e imagens. Ao meu ver, seria necessário explicar claramente os conceitos, guiar o aluno a tarefas através das quais os conceitos se tornem situações verdadeiras, interagir com o estudante em situações diferentes e finalmente oferecer um feedback orientando para novos experimentos são ações.

Este ano completo 15 anos lecionando as mais diversas técnicas através dos cursos online. Tive a alegria de acompanhar algumas centenas de artistas iniciantes e posso dizer com toda certeza: 
- Não existem receitas prontas, mas a velha luta da educação de uma forma geral, para transformar o conhecimento individual em experimento coletivo e vice-versa. É neste sentido que conduzo meus cursos. 


Vem trocar comigo. A arte nos reserva experiências insuspeitáveis.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Qual o limite da Arte?

Imhotep
Três mil anos antes de Cristo, o arquiteto egípcio Imhotep, da terceira dinastia do Antigo Império, deixou, inscrita numa pedra, a primeira confissão de fé abstracionista. Disse esse arquiteto, depois adorado como deus da Arquitetura, que a verdadeira beleza está numa feliz combinação de cubos, esferas e cilindros, isto é, formas sem qualquer representação direta das realidades exteriores. 

Dentro desse modo de sentir, estão as próprias pirâmides. No seu racionalismo e simplicidade geométrica, na sua forma arquetípica, absoluta e universal, acima das contingências humanas, exprimem uma abstração: a ideia ou o sentimento da eternidade.


Os gregos antigos preocupavam-se com os mesmos problemas da pintura abstrata ou figurativa, que hoje nos preocupam. As discussões artísticas em Atenas pareciam atuais. Platão, por exemplo, repetia o pensamento daquele velho arquiteto egípcio. Escrevia que a verdadeira beleza, absoluta e eterna, está nas figuras geométricas puras, sem qualquer relação com as formas ou imagens da realidade exterior. Na sua classificação dos artistas, colocava, em primeiro lugar, o filósofo inspirado, conhecedor da verdade - naturalmente ele próprio, pois sem vaidade o homem não vive - mesmo filosofando. Em segundo lugar, o músico e, a seguir, os artistas dos tecidos e bordados, acompanhados dos arquitetos, todos criadores de formas abstratas. Em último lugar, vinham o ator, o escultor e o pintor, que imitavam as formas exteriores e estavam, por isso mesmo, distanciados da verdade.


Ainda na Grécia, in ipsius mente, isto é, eram ideais, em outras palavras, abstratas, apesar do seu realismo figurativista.

Jenocrates, um dos primeiros artistas críticos conhecidos, firmara o princípio da liberdade do artista frente à realidade objetiva. Poderia ignorá-la, quanto mais alterá-la! Há uma passagem do orador romano Cícero muito citada. Diz que as criações do escultor grego Fídias, seus deuses, moças, cavalos e cavaleiros do friso do Partenon, não existiam na realidade, mas apenas no seu espírito.

Nos túmulos chineses antigos, encontram-se pequenas esculturas em jade, de formas caprichosas sem qualquer relação com as imagens visuais. Simbolizavam as qualidades abstratas do morto – a bondade, o caráter reto, a constância na amizade, o coração inquieto.

Duzentos anos depois de Cristo, o filósofo Plotino dizia, em Alexandria, não se limitarem as artes à simulação das aparências dos objetos. Ao contrário, devem procurar a razão ideal deles da qual nasce o caráter de todas as coisas.

E para você, qual o limite da arte?


Pintura do sec. V a.C

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

A arte imita a vida ou a vida imita a arte? Uma questão abstrata.

Oscar Wilde
Oscar Wilde dizia que a vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida. Será verdade?

Tão antigas como a arte, as nossas experiências em querer entender a origem do processo criativo já nos levou a exaustivas pesquisas, na maioria das vezes sem uma resposta definitiva. De onde vem a inspiração?

Em seus estudos no livro “Do espiritual na Arte”, o pintor e músico russo Wassily Kandinsky indica que a arte nasce da espiritualidade. Foi assim que o artista renunciou a representação figurativa tentando encontrar a relação absoluta entre a forma, a cor e o ânimo do contemplador.

Kandinsky


O que acontece conosco quando entramos no jogo dos intricados significados da arte? O que é verdade e o que é ficção?





O poeta e crítico de arte Ferreira Gullar assim se manifestava sobre esta transformação simbólica do mundo:

“A arte é muitas coisas. Uma das coisas que a arte é, parece, é uma transformação simbólica do mundo. Quer dizer: o artista cria um mundo outro – mais bonito ou mais intenso ou mais significativo ou mais ordenado – por cima da realidade imediata. Naturalmente, este mundo outro que o artista cria ou inventa nasce de sua cultura, de sua experiência de vida, das idéias que ele tem na cabeça, enfim, de sua visão de mundo.”

Parecendo uma inovação dos nossos tempos, o Abstracionismo é uma tendência bastante velha na história da pintura. Abstrair-se das realidades exteriores e voltar-se para suas realidades interiores é uma constante da condição humana. Por isso mesmo, acompanhando a história da pintura, encontramos várias fases abstratas, nas quais o homem substitui as imagens da realidade objetiva por símbolos ou representações de suas realidades subjetivas. A primeira dessas manifestações de abstracionismo ocorreu ainda na Pré-História. Enquanto os pintores da pedra lascada eram figurativos realistas, reproduzindo imagens visuais, os pintores da pedra polida eram geometrizadores das formas visuais e muitas vezes totalmente abstratos – criavam formas geométricas ou não, sem relação direta com as imagens da realidade exterior.

Estudiosos explicam essa completa revolução estilística ou essa interpretação nova do mundo pelas transformações ocorridas na vida do homem pré-histórico, que passou da caça e pesca para a agricultura e pecuária. Passou, também, da crença nos poderes mágicos para a crença nos poderes anímicos. Essa tendência abstratizante percorre todo o Neolítico e vamos encontrá-la ainda nos arcaísmos artísticos dos primeiros povos históricos.




No próximo post vamos falar mais um pouco sobre a evolução do abstracionismo.
Até lá!